Eu sempre preferia as reticencias, o etc..
Não me dou bem com pontos finais.
O meu coração nunca deu conta de encerrar ciclos, lidar com perdas, de guardar saudades que não se pode matar.
Eu sou assim, um alguém sem fim, entregue, e desejando o abandono.
Abandono dos dias arrancados da folhinha do calendario, das tardes em que o sol ficou cinza, e das noites em que as estrelas resolviam brincar de se esconder..
Muito embora , terminar alguém dentro de mim seria o mesmo que me acabar, e isso eu não sei fazer, não... Não aprendi e nem quero...
Quem vai, sempre rouba um pouco de mim, ou sou eu a permitir que uma parte de mim seja levada...
É tanta gente que parte, que segue em frente, que passa...
Desse modo irei me findar ainda viva, mas eu acredito, que algum "pra sempre" vira para acabar e algum infinito ira chegar e não tera o mesmo fim... Enquanto isso, vou tentando organizar um espacinho aqui dentro para todo mundo que ainda mora em mim!
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