Uma menina foi juntando em um pontinho todas as ofensas que realmente a faziam sofrer. Com o tempo o pontinho já não era mais suficiente.
A menina arrumou uma mala maior do que si e resolveu colocá-las lá dentro. Ela tentou jogar a mala no mar. O mar estava calmo demais para isso. Era covardia com a natureza que a cercava. Ela tinha que resolver a natureza do seu problema sem deixar que isso influenciasse na dinâmica terrestre. Era espiritual.
Ela via valores deturpados. Esses valores a oprimiam. Eles eram a natureza de tudo que havia dentro do depósito sem fundo que carregava consigo. Qualquer movimento de resistência só fazia com que o peso em suas costas adquirisse uma posição ainda mais desconfortante. Suas costelas não eram fortes o suficiente. Quiçá sua coluna.
Os seus gritos de revolta eram mal interpretados. Pobres de espírito aqueles que não percebem que só gritam aqueles que ainda carregam algum tipo de esperança, independentemente do peso já carregado. Pior é o silêncio e a distância.
De repente uma menina sem voz, costelas quebradas, coluna retorcida. Uma menina que não teve outra opção a não ser o silêncio e a distância. A voz que foi embora levou consigo a salinidade de suas lágrimas inúteis. Ela percebeu que impossível era o sonho de extinguir preconceitos tão arraigados. E não o seu sonho, independentemente de qual fosse.
Essa mesma menina pegou sua mala e a transformou em poesia♥
A menina arrumou uma mala maior do que si e resolveu colocá-las lá dentro. Ela tentou jogar a mala no mar. O mar estava calmo demais para isso. Era covardia com a natureza que a cercava. Ela tinha que resolver a natureza do seu problema sem deixar que isso influenciasse na dinâmica terrestre. Era espiritual.
Ela via valores deturpados. Esses valores a oprimiam. Eles eram a natureza de tudo que havia dentro do depósito sem fundo que carregava consigo. Qualquer movimento de resistência só fazia com que o peso em suas costas adquirisse uma posição ainda mais desconfortante. Suas costelas não eram fortes o suficiente. Quiçá sua coluna.
Os seus gritos de revolta eram mal interpretados. Pobres de espírito aqueles que não percebem que só gritam aqueles que ainda carregam algum tipo de esperança, independentemente do peso já carregado. Pior é o silêncio e a distância.
De repente uma menina sem voz, costelas quebradas, coluna retorcida. Uma menina que não teve outra opção a não ser o silêncio e a distância. A voz que foi embora levou consigo a salinidade de suas lágrimas inúteis. Ela percebeu que impossível era o sonho de extinguir preconceitos tão arraigados. E não o seu sonho, independentemente de qual fosse.
Essa mesma menina pegou sua mala e a transformou em poesia♥
Nenhum comentário:
Postar um comentário