Por que tem mais aparência de alegria o que sinto. Por que nesse meu coração frio e de pedra eu carrego muito amor guardado. Por que são das alegrias que sou refeita. Por que é por causa do apego e do carinho que sempre volto, volto porque não era lá o meu lugar, volto porque penso ser aqui que vou me encontrar. Não sou um caso perdido, estou desencontrada. E é nesse desencontro que, hoje, encontro a minha paz. Por que é em paz que eu me sinto e o que sinto é o que importa. Não peço nada em troca, nem espero retribuição. Faço porque quero e gosto. Por que seguir em frente é o mais certo. E certo é fazer e não esperar que aconteça. Não vou, porque tenho medo- mentiria se dissesse o contrário. Não vou, porque tem apego, tem carinho e tem sorrisos. Não irei, pois não é a hora. E nessa minha alma de criança, sei que ainda me restam algumas outras vidas para eu cuidar. E na minha alma de adulta, a imaginação voa e traz os abraços para mim. O meu amor não espera calmarias e felicidade sempre. Mas, quer fidelidade e companheirismo sem fim. Agora me escuta: Não adianta todo esse drama, estando em bem é que se consegue ver com clareza. Não é questão de desistir, mas sim de querer alcançar o que realmente tem valor. Vejo que vai ser comigo, por mim, pra mim e por minha causa. Todas as escolhas serão minhas, o que faz que as consequências também sejam. E era você, sempre você... Agora sou eu, sempre eu, para sempre somente eu.
Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
{ Velhos Baianos}
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