Os braços repousam juntos,um ao lado do outro,embaixo do travesseiro...
A mão esquerda,toca levemente o pulso direito. Sente a vida pulsar, latejante, ritmada, compassada, insuportável.
Não suporta. Afasta os braços.Tenta adormecer.Encosta novamente os punhos. Que sensação angustiante.
Como pode a vida pulsar escancaradamente embaixo do seu travesseiro,enquanto sua alma dói?
Vira-se. Passa á observar o teto, poderia dizer até que o admirava.
Vazio, plano, tão branco, tão desprovido de alma. Sente seu coração pressionado,pulmões comprimidos. Sente como se houvesse uma pedra bem em cima do seu corpo,
á pressionar suas entranhas... Suspira. Sente seus olhos arderem, é o prenúncio de uma tempestade que se anuncia...
Dá-se conta de que a vida não está mais embaixo do travesseiro,a vida está deitada sobre sobre seu corpo, esmagando-o com olhos indiferentes e mãos frias...
do blog... Reflexões de Outono que eu adoro!
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